terça-feira, 13 de setembro de 2011

Contradições de (um) ser brasileiro


Semana passada rememoramos o Dia da Pátria, no aniversário do dia em que um mesmo príncipe que já regia se declarou imperador, mudando as coisas de um jeito em que tudo permanecesse igual. Nosso mito fundante do “grito do Ipiranga” não diz muita coisa sobre quem somos nem conta uma história da qual nós ou nossos antepassados tenhamos participado. Quem (n) os fez “livres” não foram aqueles que sempre resistiram e lutaram por liberdade, mas justamente um jovem príncipe representante da nobreza que sempre (n) os acorrentou. Na verdade, no dia 7 de setembro Portugal é que foi libertado daquela velha coroa que havia 14 anos residia na parte do império que fica a baixo do Equador.
Tenho pensado sobre o que seria ser brasileiro, se não é exatamente verdadeira a história que contam sobre a data de nascimento do Brasil. Ser brasileiro é ser um tipo de latino-americano. O brasileiro, embora haja exceções, é basicamente o latino-americano lusófono ou, melhor, o latino-americano cujos países (regiões de geografia e cultura próprias) e vidas estiveram/estão sob o domínio dos impérios português e brasileiro. Nesse sentido, um gaúcho e um xinguano são igualmente brasileiros.
Lembro de uma reflexão dos tempos de faculdade de meu então professor, o historiador Jean Marcel Carvalho França, sobre a palavra que usamos como gentílico: brasileiro. Não brasiliano, brasilense, brasilino ou brasilês, mas brasilEIRO. Usamos um sufixo que não é de origem, mas de ofício: tal como pedreiro, jardineiro, fazendeiro ou roqueiro. Brasileiros eram aqueles que cortavam o pau-brasil para entregar (a preço de banana) aos atravessadores europeus no começo da ocupação branca dessa porção da América (por franceses, holandeses espanhóis e, principalmente, portugueses - que acabaram levando a melhor por aqui). Ainda somos (e seremos) chamados assim por uma denominação que nos remete muito mais à condição de servidão e exploração do que a pertencimento.
Mas existe um outro Brasil que nasce justamente da reação e da resistência a esse primeiro Brasil enquanto império, enquanto subsistema do capitalismo (sempre em transformação), enquanto aparelho burocrático estatal usado para manter o poder das classes dominantes. Esse outro Brasil surge exatamente da resistência à situação de ser tratado como brasilEIRO. A isso podemos chamar também de Brasilidade.
A Brasilidade é a reação à ação. De força igual, mas em sentido contrário. Algo que demonstramos muito nas artes, mas vai muito além disso.
Ser brasileiro poderia simplesmente ser vítima do Brasil, ter o Brasil como pátria. Poderia ser simplesmente estar sob o jugo de um mesmo império e atravessadores de (pau) Brasil. E que diferença faz se os tiranos-mor vivem a maior parte do tempo em Lisboa, Madri, Salvador, Rio de Janeiro ou Brasília?
"Banho de lago na favela", de Tânia Azevedo
Esse tipo de brasileiro poderia até desenvolver algum sentido de compartilhamento de símbolos comuns, mas geralmente criados pelo próprio império (no sentido mais amplo da palavra, que não só no período histórico de 7/9/1822 a 15/11/1889). Aí um maranhense comemora o gol de um gaúcho com camisa amarela. É nessa hora que um brasileiro se contenta, por exemplo, com a notícia da TV de números e cifras favoráveis da exportação de carne brasileira, afinal, ela é brasileira e está sendo bem vendida. Algo como “A máquina de fazer símbolos e interpretar o mundo diz que isso é bom para o Brasil, então isso é bom para mim também e pra todo mundo do Brasil”. Esse ser que se sente um ser brasileiro nesse sentido, entretanto, se está no Sul, não se importa com o espólio do Norte; se está na costa não se importa com o sofrimento daqueles que vivem no interior e têm o solo em que habitam e também sua ancestralidade e suas próprias vidas pisoteadas por alguém. E vice-versa. Pois esse outro é o outro e está longe. Ao Brasil império interessa que estejamos unidos só na hora dos gols (“gol” em seu sentido literal e figurado).
Mas ainda bem que existe também a Brasilidade, a condição de ser filho da mátria, além de ser filho da pátria. Isso pode ser no sentido de filho da Terra (de alguma porção de planeta Terra infectado por esse império específico), como pode ser no sentido de ter um sentimento de pertença a qualquer uma dessas culturas regionais e específicas diversas que se vêm atacadas pela imposição de uma mesma cultura hegemônica, criada para justamente facilitar o espólio da Terra e dos filhos dela.
A Brasilidade consciente é quando se percebe, mesmo não sendo um fulni-ô, que a mão que acelera o trator - o trator sobre a mata-santuário em que eles vivem - é a mesma que aperta gatilhos nas periferias das metrópoles, que joga venenos nos campos, que espreme como limões trabalhadores em fábricas, ônibus e hospitais lotados, que rouba aqui e ali, mais longe e mais perto, muitas vezes usando os aparelhos burocráticos estatais e privados. Frutas diversas num mesmo liquidificador, cujas lâminas são espadas como as de Anhanguera e do Duque de Caxias. Mas os brasileiros filhos da mátria resistência também podem dançar juntos, ao som que eles próprios criam (separados ou em eventuais encontros coloridos).
É uma contradição interessante essa de sermos todos brasileiros por não querermos ser brasileiros (no sentido de vítimas do Brasil). Nesse sentido mais profundo de ser brasileiro dá para ser gaúcho (ou paulista ou quilombola ou indígena ou crioulo) e brasileiro ao mesmo tempo. Sem se submeter a ser brasileiro de ninguém, de nenhum atravessador.
Ter Brasilidade é ter a solidariedade e respeito (que levam a um outro tipo de união) ao brasileiro diferente, sem necessariamente perder o amor e a identificação com sua(s) “tribo(s)” e/ou o chão em que vive sua comunidade. Por “chão” e “comunidade” podemos entender como incluindo também os rios, montanhas e também os outros seres que dividem conosco esse chão.
A Brasilidade, que é diferente do patriotismo estúpido, é um ensaio de humanidade nesse pedaço de América do Sul.

sábado, 3 de setembro de 2011

Os últimos Tapuyas

- MEU RELATO APÓS PASSAR UMA SEMANA (DE GUERRA) ENTRE OS ÍNDIOS FULNI-Ô, CONTRA GRILEIROS DO CALIBRE DE PAULO ACTÁVIO, TADEU FILIPPELLI E DANIEL DANTAS. É BORDUNA CONTRA HELICÓPTERO


Choá, guerreiro Fulni-ô: "Eles querem ter três carros, sendo 
ue só dá para andar em um. Querem ter duas, três casas,
mesmo que só tem jeito de morar em uma só. Eles querem
muito, querem viver desse jeito. E a gente quer viver do
nosso, com a natureza, com nossa família. Não tem problema
que eles não gostem da gente. Mas por que então não deixa
a gente viver em paz, aqui no nosso canto, do nosso jeito?"
Mal consigo andar quando chego de volta ao território dos fulni-ôs, os últimos tapuyas, próximo à capital federal. Já estou praticamente sendo carregado. Meus joelhos estourados me ensinam que talvez seja melhor andar mais devagar e, com certeza, carregando menos peso. A cada dia tenho mais certeza disso e aprendo mais profundamente que devemos sempre carregar menos, ter menos, pois isso é ter mais. Mas me desfazer da maior parte da bagagem agora já não resolve o fato de que a essa altura minhas juntas parecem bolas de basquete.
Junto à fogueira, Tainã “Wawa” e Choá cantam uma música ancestral em sua língua, o yaathê (do tronco macro-gê), da qual eu não compreendo sequer uma palavra, mas sinto a emoção e entendo. De todas as etnias indígenas do Nordeste, apenas os fulni-ôs preservaram seu idioma mesmo após 500 anos de invasão europeia.
Tapuyas eram os índios do interior (cerrado e
caatinga) do tronco Macro-Gê
Awá Mirim fuma sua chanduca em silêncio. Quando eles fazem isso, estão conversando em pensamento com o Grande Tupã. Talvez esteja pensando na luta, na violência com que os grileiros tentaram invadir a terra na semana anterior. Talvez Awá esteja pensando na esposa e na filha, que junto com as outras mulheres e crianças foram levadas dali para um lugar seguro por prudência, afinal, nos últimos dias a tensão e as ameaças de morte aumentaram. O pajé Santxiê fala para eu me acalmar, deitar na rede e relaxar, tirar um cochilinho e depois entrar na mata. A única outra pessoa branca presente naquele momento além de mim, cujo nome eu não me lembro, me aconselha: “Você devia ir ao médico”. Respondo: “Já vim”.
O velho pajé volta com uns ramos de aroeira na mão e uma pelota de resina de uma árvore que só ele deve saber qual é. Prepara o chá, molha com ele a resina que vira uma gosma cor de âmbar que aplica sobre meus joelhos e me manda beber um pouco da infusão. “Fique perto da fogueira, que o calor ajuda. Amanhã você vai estar bonzinho, bonzinho”, garante Santxie.
E era bom que eu estivesse bom mesmo, pois a essa altura eu já estava sendo contado entre os guerreiros e já tínhamos a informação de que no dia seguinte, segunda-feira, os tratores das empreiteiras Emplavi e Brasal voltariam com escolta da Polícia Militar para terminar o serviço de destruição da mata-santuário, onde empresários como Paulo Otávio e Daniel Dantas pretendem construir o bairro mais caro da história de Brasília.
Das milhares de espécies medicinais que há naquela mata, mais as que o pajé cria no seu herbário, veio a ser a aroeira que me curaria. Me lembro que a última vez que estive em Brasília acabei sendo preso pela Polícia do Senado justamente por plantar uma muda dessa árvore.
Na natureza funciona assim: você rega, dá água a uma planta quando ela é pequena, e as grandes te dão galhos para o fogo que te aquecerá à noite. Você cuida delas que elas cuidam de você.
Domingos Jorge Velho, o "Anhanguera,
 foi um dos grandes exterminadores de índios
da região onde hoje fica Brasília
No mundo dos brancos não é assim: é só ingratidão. Penso na saga dos fulni-ôs, que habitavam o cerrado e a catinga. Foram um dos primeiros povos a ser massacrados e expulsos de sua terra. Ficaram anos e anos sem poder retornar à montanha sagrada à qual devem peregrinar todos os anos para a celebração do Ouricuri, em Pernambuco, onde vive a maioria dos fulni-ôs.
Durante a Guerra do Paraguai, aquela vergonhosa guerra que o Brasil lutou pela Inglaterra, os fulni-ôs receberam uma promessa: se enviassem guerreiros para o front receberiam de volta a montanha sagrada. Muitos morreram sem nem mesmo saber os reais motivos da guerra. O Estado não cumpriu sua promessa e só devolveu a montanha do Ouricuri no início do século XX, mas não devolveu terra suficiente para assentar todas as famílias em seu modo de vida tradicional.
Durante a Guerra do Paraguai (1864-1870) índios
Fulni-ô foram levados a  Campos de Concentração
e seus melhores guerreiros obrigados a lutar pelo Brasil.
No início do século XX puderam voltar a Pernambuco (foto)
Nos anos 50, mais uma vez, os tapuyas foram enganados. Por conhecerem bem o cerrado, seus perigos e poderes, muitos foram levados ao Planalto Central para trabalhar na construção da nova capital. O avô, o pai e tios de Santxie foram índios candangos, ainda mais explorados e desrespeitados que os demais operários que trabalharam erguendo a cidade faraônica. Como sua religião exige a imersão na mata e o isolamento (seus rituais não podem ser vistos por gente de outros povos), os fulni-ôs se retiravam dos canteiros de obras para uma área junto ao córrego do Bananal, importante para diversas tribos que antes da catastrófica passagem do bandeirante Anhanguera (um dos maiores genocidas de nossa história) pelo Planalto Central habitavam ou transitavam por aquela região.
Em 1957, indígenas voltaram ao Planalto
para ajudar na construção de Brasília
Ali, por gerações, nasceram e foram enterrados junto às árvores sagradas das quais mais de 150 mil serão derrubadas para a construção do “primeiro bairro ecológico de Brasília”. Os pajés fizeram dali também um local de cura e assistência para os seus “parentes” (todos os indígenas que passam por Brasília ao longo dos últimos mais de 50 anos. Santxie vem cuidando de todos os que precisam há muito tempo. Ali, no local que ficou conhecido como Santuário dos Pajés, viveram em paz, cultivando seus usos e costumes... Até o governo Arruda.
(Parte 2)
Acordo com os primeiros raios de sol e com o barulho de folhas caindo e das aves do Cerrado que também levantam cedo. Nem dá para lembrar que estou na capital da República. O território indígena é tão... preservado, natural, terráqueo.
No dia 16 de agosto de 2011, a polícia do Distrito
Federal, agindo como milícia privada de empreiteiras,
escoltou uma operação ilegal de destruição do
cerrado que, mesmo assim, foi impedida pelos tapuya
Ainda não se dissipou o frio da noite, mas Santxiê Tapuya, o pajé, já toma seu banho gelado ritual... de canequinha. Há tempos que tomaram o córrego do Bananal (que dá nome à terra em disputa) dos índios. As três nascentes que havia ali perto foram aterradas pelas empreiteiras que já constroem edifícios de luxo a menos de 500 metros da entrada do santuário fulni-ô. Não bastasse isso, a rede de água comprada do sistema dos índios também foi sabotada numa tentativa de minar a resistência da comunidade. Ainda assim eles resistem. Mesmo sendo os únicos guardiões da última região em que o chão não foi impermeabilizado, permitindo a alimentação dos lençóis freáticos que alimentam o Paranoá, que, por sua vez, abastece Brasília. O resultado é que a maior parte do herbário fitoterápico (que garantia remédio a muita gente e recebia visitas de alunos de escolas de Brasília) e a produção de mudas para reflorestamento tiveram de ter sua produção reduzida drasticamente pela falta de água.
“Txorichacá, tá na hora!”, grita o xamã. Txorichacá é meu “nome tribal”, na verdade um apelido que Tainã, Mádjoa e Choá me colocaram por causa do meu cabelo comprido e bagunçado. Significa macambira (Bromelia laciniosa), uma espécie de bromélia suculenta típica da Caatinga, onde surgiram os fulni-ô. “É uma planta boa. Guarda a água, a vida, dentro dela. Ela salva o índio na seca, quando falta vida”, foi o que me explicou Choá para que eu visse o lado bom de ser apelidado de macambira. Tá valendo. Curti.
Antes da sabotagem à água da Terra Indígena
Bananal e da onda de violência, o herbário fitoterápico
e o viveiros de mudas para reflorestamento era visitado
por escolas de Brasília. Em 2011, até as crianças da
tribo tiveram de ser levadas para local seguro
Vejo guerreiros pintando seus corpos, colocando seus adornos de penas, pegando seus arcos, bordunas e lanças. Pego também minha arma, a câmera de mão que eu uso para fazer vídeos para a internet (é importante hoje sempre filmar a cara e a placa dos carros de todo canalha). Ainda tenho nas costas os padrões tribais traçados com tinta de jenipapo (isso demora dias para sair), mas também faço questão de passar urucum no rosto.
Desde que os conflitos com os grileiros que usam o governo do Distrito Federal começaram, já esfaquearam um índio que defendia o Cerrado e incendiaram a casa da família do irmão do pajé. Três anos depois, o incêndio criminoso (como comprovam os galões de gasolina) ainda não foi investigado pela Polícia, principalmente por que a suspeita recai sobre o alto comando da Terracap, empresa do governo do Distrito Federal que loteia e vende para as empreiteiras.
Talvez o fundo da Caixa de Pandora esteja ali, na terra indígena Bananal (o Santuário dos Pajés) onde empresas como o grupo Opportunity (de Daniel Dantas) e a construtora de Paulo Octávio, ex-vice governador do DF, compram projeções pagando menos de R$ 600 mil. Projeções essas onde serão construídos apartamentos de um quarto custando mais de R$ 2 milhões.
Charge mostra disponibilidade do Santuário
dos Pajés em resistir e não trocar pelo dinheiro
da Máfia que tomou conta do governo do DF
na Gestão Arruda e permanece comandando a
 Terracap (empresa imobiliária do GDF) mesmo
após a eleição do novo governador
Corro para a entrada principal da terra indígena e só então me dou conta de que voltei a andar. A aroeira do pajé funcionou e vive em mim. A jurema vermelha (Mimosa ophthalmocentra) que ainda corre no meu sangue pode estar ajudando. Talvez tudo isso seja simplesmente a mata me cuidando e usando como parte, como célula de seu corpo, de seu sistema de defesa.
No dia 16 de agosto as empreiteiras vieram com escolta da PM e começaram a derrubar o Cerrado para começar as obras e foram impedidos pelos índios e por colaboradores. A ação foi ilegal já que a demarcação da área indígena não foi concluída pela Funai e a Justiça Federal não deliberou definitivamente sobre o assunto.
Então penso nos vizinhos do oeste, o chamado Acampamento Indígena Revolucionário, liderado por Korubo, um índio peruano que lidera uma aldeia multiétnica há cerca de três anos nos fundos de Bananal. O AIR reúne descendentes de indígenas que perderam suas terras e viviam nas ruas. Tirados das ruas, foram ocupar, em vez de terras da União ou terrenos desocupados, o solo sagrado dos fulni-ô. O AIR não se comporta como célula de um organismo. Talvez faça parte de uma outra luta justa (a luta por moradia e reparação de danos históricos a sobreviventes órfãos de sua cultura indígena em situação urbana sem-teto), mas não tem a ligação histórica e espiritual que os fulni-ôs do santuário, que ainda defendem seu modo de vida tradicional. Estariam eles sendo manipulados para aceitarem acordos financeiros ou outras terras? Em troca disso, os indígenas (a maioria xavantes e guajajaras) criam a falsa impressão de que a comunidade tradicional dos tapuya fulni-ô estivesse dividida. Ninguém sabe explicar de onde vêm os recursos do acampamento de Korubo, nem o álcool. Mas a impressão que eu tenho é que a instalação do “Acampamento Revolucionário” ali é só a continuação da velha tática de usar índios contra índios.
O Acampamento Indígena Revolucionário,
multiétnico, nasceu como um movimento legítimo
por moradia e reparação; depois foi convencido
a se mudar para a terra dos Fulni-ô afim de
tumultuar o processo de demarcação
A Polícia apareceu para fazer pressão. Máquinas como as do crime de 16 de agosto circulavam na entrada da terra indígena a semana inteira. Sempre se sentiam intimidados pela câmera e pelos guerreiros armados com armas artesanais.
Durante uma semana foi assim. Policiais e máquinas. Helicópteros passando sem parar, dando rasantes na reserva, aterrorizando, sobretudo, os bichos (tucanos, emas, seriemas, etc.). “Dessa altura daria para acertar umas flechas”, escuto.
No final da semana uma decisão judicial pôs fim ao assédio (pelo menos por enquanto). O relatório antropológico ficou pronto na semana seguinte, mas a Funai segue prevaricando e ainda não marcou a remarcação. Até lá, todo o lobby dos banqueiros e empreiteiras íntimas de gente poderosa dentro do governo do Distrito Federal tentará reverter as coisas, custe o que custar. O estado de guerra continua.
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- Audiência Publica no Senado



- EXCLUSIVO: Recado dos guerreiros e do pajé



- Flagrante da invasão de 16 de Agosto




- Herbário fitoterápico



COMERCIAL DA ARRUDA IMÒVEIS