quarta-feira, 6 de junho de 2012

(mensagem aos) MILITAR(es) COM MENOS DE 30

Com carinho e respeito a todos aqueles que arriscam suas vidas acreditando estarem sempre fazendo o bem, mas às vezes se enganam, ou são enganados.

COMPARTILHE COM O MAIOR NÚMERO DE MILITARES POSSÍVEL E INCENTIVE QUE CONTINUEM REPASSANDO A SEUS COLEGAS DE OFÍCIO.

Grafite em Campobaso, Itália, assinado por Blu

PARTE 1 - Remetente e destinatários

Militar com menos de 30. Não leve a mal nada que eu venha a dizer. Não pode ser desacato à autoridade, pois não falo à autoridade, mas às pessoas. Não me dirijo às fardas, mas às mulheres e homens por baixo das fardas. A pessoas que como quaisquer outras tem carne vermelha e ossos quebráveis; que nascem igualmente nus e invariavelmente não podem fugir do destino final comum a todos. Não é dirigida à “classe militar”. É dirigida ao nossos irmãos (a cada um), humanos, que trabalham para instituições militares (polícias e Forças Armadas). Mas é às pessoas, não ao trabalho delas. Não me peça pra falar com o tenente ou o chefe do tenente. É com você mesmo. Mesmo que você diga: “Eu só cumpro ordens”, eu não quero falar com quem dá as ordens, mas é com você mesmo. Você, militar nascido em 1982 ou depois. Você, barbeado e de cabelo curto. Ou você, de coque e boné. Não é com seu cabelo, nem com sua arma, nem com uma testa franzida. Não falo com seu distintivo. Mas com o que de fato te distingue e te faz você.
Ok, talvez você não esteja se sentindo muito à vontade nessa situação. Mas quem te disse que você está nu? Não há o que temer. Pelo contrário: assim, sem a farda, sem a arma, me dirijo com muito mais respeito. Aliás, só desarmado alguém pode saber se é verdadeiramente respeitado, do mesmo modo que sem dinheiro é mais fácil saber ser a amizade é verdadeira.
O que há na voz de que te responde "sim, senhor" de cabeça baixa? Respeito ou medo? O que você sente pelos seus chefes, respeito ou medo?
Quanto a mim, não tenha dúvida. Há apenas respeito.
Bem, eu não costumo temer outros homo sapiens, afinal, somos irmãos (seja por parte de alguma divindade ou por parte de um ancestral comum igualmente bípede d'algum canto da África). Mas tenho um respeito enorme por cada um.
Como escritor e professor de História, não sou mais que apenas outro hominídeo como você, caro militar, a diferença é que o inimigo que eu enfrento no dia a dia é a ignorância, as nevoas do esquecimento. E o que eu tenho a dizer a vocês militares?
Basicamente: LEMBRE-SE, VOCÊ PENSA. (E acredito que além de um cérebro você deve ter um coração)
Isso os torna criaturas ainda mais magníficas e dignas de respeito. Portanto, não aceitem o desacato de dizerem que vocês só devem cumprir ordens. Isso é ultrajante. Contraria até a natureza dos animais "que não pensam". Nem mesmo eles só cumprem ordens. quanto mais vocês, devem ser respeitados como seres humanos que são, como seres pensantes.
E todos nós devíamos estar nos respeitando mutuamente e conversando sobre nosso tempo e os futuros tempos. Olho no olho, sem mentira. É importante não mentir para os outros, bem como é importante não mentir para nós mesmos.
O papo não é simplesmente sobre você não poder alegar que “estava cumprindo ordens” em algum tribunal escatológico, ou pósfimqueatodosiguala. É sobre já o tribunal do travesseiro, sobre o bem-estar da mente nas horas de folga.
E se você descobrisse que está sendo enganado?
Bem... Algumas das razões pelas quais vocês merecem o respeito de outras pessoas é porque vocês escolheram uma profissão que envolve riscos à vida para (em teoria, pelo menos) defender a paz, a vida das pessoas, a terra em que nascemos.
Ou talvez escolheu isso porque parecia uma boa e honesta maneira de pagar as contas, conquistar o pão de cada dia. E isso me parece um nobre motivo, bastante compreensível. Essas coisas já provam valor (virtude) antes mesmo de ganhar alguma medalha ou título.
E é aí que começa o engano. Quando ainda na formação, ou ainda na fila do alistamento, mentem pra vocês que vocês são “uns bostas” ou coisas do tipo. O que é uma mentira, pois a essa altura a maioria de vocês não é formada por “bostas”. Todo desrespeito e humilhação a que são submetidos no treinamento existem para fazer vocês acreditarem que valem menos do que valem, para terem que achar que valem pela força e autoridade simbólica mais do que pelas suas próprias virtudes e caráter. Então o cara que queria ser super-herói é reduzido a um cão de guarda. O nobre começa a acreditar que ele não é nobre. Passa a acreditar que a nobreza emana da posição e do título. Esquece-se que nobreza vem é das atitudes, da ética aplicada.
Caras, acreditem: eles mentem pra vocês.
Muitas vezes militares, acreditando estar defendendo a lei e a justiça, estão trabalhando para fins injustos. Muitas vezes até mesmo ilegais. Sim, pois eles mentem pra vocês. Muitas vezes. Mentem para todo mundo. E então, os verdadeiros inimigos da Terra e das pessoas brasileiras fazem toda sorte de males usando aqueles que, no fundo de seus corações, um dia queriam era combater o mal. A essa altura, muitas vezes os olhos dos valentes já não brilham, pois só resta covardia e sadismos.
Militares são ensinados a odiar. E as armas acabam apontadas para a direção errada.
O que é pior: o policiamento cotidiano dos brasileiros é feito por militares. Então temos pessoas que deveriam estar zelando pelas pessoas repletas do espírito militarista, e por isso acaba tratando tantas vezes o cidadão como se costuma tratar inimigos de guerra.
Os demais humanos da sociedade ficam gratos àqueles que, por exemplo, ficam acordados à noite para fazer parar atropeladores ou maníacos sexuais. É claro que a sociedade é grata por saber que, se por acaso um homem for espancar uma mulher, é possível chamar alguém para deter o covardão.
Até aí, enquanto a sociedade não tiver se transformado de vez, nos sentimos melhor com a existência desse tipo de paliativo. Mas a quem interessa que a polícia seja militar? Alguém desconhece que a polícia esteja sendo usada contra setores sociais e movimentos políticos? Alguém desconhece que é cada vez mais comum que militares sejam destacados para fazer tarefas para indivíduos particulares e até criminosos?
A primeira vítima da violência policial são os policiais. Por isso resolvi bater um papo com alguém que tem mais poder que alguém em trajes militares, e não é alguém com outros trajes militares mais pomposos ainda, mas sim a pessoa decente que, por acaso, existe por debaixo dos trajes militares.

PARTE 2 - Busque conhecimento e reflita sobre ele
Policial Militar do Rio de Janeiro joga spray de pimenta sufocante em criança

Caros iguais, que trabalham em polícias militares ou nas Forças Armada, estou feliz por voltar pra continuar com nosso papo. Feliz também com o frutífero debate que os leitores protagonizaram nos comentários sobre a coluna da semana passada (referência aos comentários dos leitores da coluna Viagem no Tempo, no diário gaúcho Jornal do Povo, onde o texto foi originalmente publicado em 3 partes - Nota do Blog). Muita gente acrescentando coisas interessantes, dados sobre a carreira militar, comentários pertinentes, considerações bacanas. E também teve gente pedindo que cabeças rolassem, sugerindo raivosamente o cancelamento da coluna, o que demonstra que o desejo de censurar opiniões divergentes ainda é vivo na nossa sociedade. Eliminar os questionamentos (e questionadores) em vez de refletir sobre eles é típico de quem tem covardia, violência e preguiça intelectual. Bem... Quanto a mim, não quero eliminar os críticos nem calar a voz deles. Sintam-se à vontade a tomar parte no debate! Críticas são louvores à liberdade e à democracia que eu prego.
Que vocês, jovens militares, jamais tenham essa postura de ódio. Vocês não são assim. É uma questão também de sobrevivência, que vocês pensem em profundidade, não assimilem a cultura da truculência. É bom para a saúde da sociedade e também para a integridade de cada um de vocês. Pois, na linha de frente, eles mandam vocês. Mandam vocês para puxar o gatilho, pra descer a porrada e também para expor suas vidas. E muitas vezes mandam vocês não para garantir a paz, promover a justiça ou proteger as pessoas. Não. No mundo todo, muitos de nossos irmãos são mandados para matar e morrer em guerras injustas, guerras que se travam muitas vezes cotidianamente no solo do próprio país. Enquanto isso, os senhores da guerra contam seus metais.
E se temos que questionar e pensar sobre nosso futuro, é fundamental refletirmos sobre nosso presente e como ele foi construído. Por isso convido meus contemporâneos a estudarem, em diversas fontes, sobre o período militar. Tranquilamente, serenamente, sem a cobrança que havia na escola ou que há nas corporações militares. Estudem e busquem conhecimento com gosto, pelo desejo de saber e refletir. Não fiquem acreditando só na conversa de quem te dá ordens e que se dizem os salvadores do mundo.
A maior prova de que a versão da história que eles arrotam e comemoram é cheia de falsidades é o fato de eles manterem os arquivos da ditadura fechados. Se estão 100% certos. Se os superiores dos seus superiores eram tão bons assim quando estavam no poder, por que têm tanto medo da verdade? Da investigação? Quando se sabe que está certo, não precisa temer a verdade.
Não pensem a história com paixão futebolística. Buscando só defender o time que usa a roupa da mesma cor que a sua. O time pra qual devemos torcer é toda a sociedade, as pessoas, a humanidade. E a história da ditadura militar não é uma história dos militares, mas uma história do Brasil. E como disse outro leitor: "onde há bons e maus, não só nos quadros do Exército". O time somos todos nós, brasileiros. E, sim, muitas vezes o Estado brasileiro esteve contra o povo brasileiro.
Como disse já na semana passada, a ditadura não foi só militar. Foi a ditadura de uma elite econômica que manteve seu poder graças aos militares. Mas quem eles botavam para fazer o serviço sujo? E o que é pior, a falta de educação, informação e reflexão fazia os jovens militares da linha de frente se sacrificarem e sacrificarem a outros, acreditando ingenuamente estar fazendo algo de bom. Por isso não acreditem sempre nos seus “superiores”. Quem fala com verdade não precisa gritar, isso é uma prova. E enquanto jovens militares eram usados para combater seu próprio povo, tinha gente que enriquecia.
Comecemos com algumas problematizações: alguns defensores do regime que vigorou entre 1964 e 1985 alegam que os militares não enriqueceram, que hoje há muito mais corrupção. Concordo que hoje, nessa suposta democracia, a corrupção, a roubalheira na política é absurda, vergonhosa e deve ser combatida.
Entretanto, não podemos afirmar com segurança que os presidentes militares não roubaram. Por quê? Por que não deixam investigar (nem naquela época nem hoje)?
Além disso, alguns civis do regime (e muitas empresas estrangeiras) enriqueceram pra caramba, sim. Para citar um único exemplo: a fortuna do homem mais rico do Brasil não teria sido acumulada se não tivesse herdado informações privilegiadas de seu pai, o homem com os mapas da mina, presidente da (então pública) Vale do Rio Doce no governo do último general presidente. E então, informações, investimentos públicos e riquezas do subsolo, que pertencem a todos, foram parar nas mãos de uma única família.
E mais: que tipo de código de valores é esse que condena roubar, mas acha supernatural torturar, espancar, matar? Não há honra alguma nisso. Não há motivo para se orgulhar por proceder assim.
Por hoje é isso. Só queria propor reflexões e incentivar o questionamento. Semana que vem eu concluo essa série com algumas sugestões práticas do que militares, com menos de 30, com capacidade de pensar e desejo de construir um mundo verdadeiramente melhor, podem fazer, de dentro e de fora dos quartéis. Se possível, compartilhe esse texto com outros jovens militares (ou que pensam em se tornar militares) e avisem sobre o da semana que vem. Até lá.





PARTE 3 - Sabote a dominação mental, mantendo-se pensante e íntegro
Soldado do exército egípcio passa para o lado do povo durante a Revolução de 2011. Quando os soldados finalmente decidiram ser leais mais ao país do que aos superiores, não teve jeito, os generais tiveram que apoiar a saída de Mubarak
O Exército Brasileiro comemora sua fundação no dia 19 de abril de 1648. O Exército fez, portanto, 364 anos. Mas sabemos que o Brasil só ficou oficialmente independente de Portugal em 7 de setembro de 1822. Sim, o Exército é mais velho que o Brasil, porque esse Exército é o mesmo Exército Colonial, é o Exército leal à Coroa Portuguesa e, mais que isso, à “nobreza”, classe proprietária de terra que herdou capitania e sesmaria e continuou grilando o Brasil pelos séculos.
Ao longo desses anos, o Exército esteve em momentos decisivos de nossa história. Durante quase dois séculos, a principal incumbência do Exército Brasileiro foi evitar que o Brasil se tornasse independente. Perseguiu quilombos, destruiu territórios indígenas, matou Tiradentes e tantos outros que alimentaram sonhos de liberdade, abolição, república. Para algumas missões, como destruir Palmares, se aliou a sanguinários mercenários paulistas.
O Exército só apoiou a Independência na conjuntura em que isso significou dar ao governante português, Pedro de Alcântara, então príncipe regente, ainda mais poder, poder moderador, poder absoluto, tornando-o imperador Pedro I.
Falar em República durante o Império podia levar à morte. O Exército Brasileiro, durante esse tempo, combateu brasileiros. Duque de Caxias é talvez o homem que mais brasileiros matou na história, de norte a sul do Brasil.
Conflitos externos foram poucos. O mais marcante foi, sem dúvida, a Guerra do Paraguai, em que o Brasil nada mais foi que um fantoche dos interesses comerciais da Inglaterra na região. O Exército Brasileiro se prestou ao papel de massacrar mais de 90% da população masculina do país vizinho, além de cometer outros crimes odiosos como amputar braços de crianças para que não pudessem pegar em armas ou em ferramentas e máquinas quando crescessem. Não houve glória ali. Indígenas brasileiros foram arrancados de suas terras, as mulheres levadas a campos de concentração para que os homens fossem obrigados a lutar do lado do Exército. Além de mercenários, o Exército lançou mão de escravos coagidos.
O Exército só foi apoiar a República no final do Século XIX porque os antigos aliados da coroa, os aristocratas ruralistas, estavam putos com a ousada princesa Isabel, que havia libertado os escravos, e temiam que ela fizesse reforma agrária para assentar os negros recém libertos quando ela se tornasse rainha.
Na República, apoiou ditaduras, massacrou mais índios, combateu movimentos sociais pacíficos. É verdade que na Segunda Guerra corajosos soldados brasileiros foram lutar contra o fascismo na Europa. Foram importantes para vencer batalhas como Monte Castelo. Na verdade, os brasileiros foram usados como linha de frente em trincheiras verdadeiramente “casca grossa”, batalhas que ingleses e americanos preferiram mandar os nossos pracinhas na frente. Na verdade, o presidente Vargas havia negociado o envio desses jovens para a linha de frente em troca de empréstimo para montar a Siderúrgica Nacional e a mineradora Vale do Rio Doce, que hoje já foi vendida para particulares, junto com o sangue de muita gente.
Toda essa violência, em nosso nome, contra nós mesmos, só foi possível graças à obediência cega dos subalterno. Também graças a mentiras como a ideia de que “o Brasil viraria uma Cuba se não fosse o golpe de 64".
O discurso do general Enzo Martins em seu vídeo postado no site do Exército na última quinta-feira é um desfile de equívocos (para não dizer mentiras) que carece de historicidade e vai contra todas as evidências das fontes e interpretações coerentes.
Por essas e outras que os militares do Século XXI têm muitos motivos para se orgulhar. Porque podem vir a ser, se assim optarem, a primeira geração do Exército Brasileiro a estar com os brasileiros.
Como jornalista gonzo, viajei pelo Brasil e vi, em vários estados, militares sendo usados para defender interesses particulares, usados covardemente contra pessoas inocentes. No campo, na cidade, na floresta, no quilombo. Às vezes o desvio é extraoficial, como as milícias do Rio, às vezes é descarado e oficial, como policiais do DF usados como “leão de chácara” de grileiro de terra indígena, e em São Paulo como “faxineiros humanos” de megaespeculadores. A injustiça pode ser legal ou ilegal.
Muitos ainda dizem: “Eu não gostaria de estar fazendo isso, mas só cumpro ordens”. Uns passam a gostar de humilhar, outros são coagidos a coagir, mas, com o procedimento “padrão” dos militares dispensado a seus compatriotas. Agindo assim como podem esperar ter apoio da população quando levantarem demandas justas?
Estivessem os militares do lado do povo, o próprio povo pediria a valorização da classe militar. Como a conduta não é essa, resta aos militares tomarem atitudes desesperadas como a da PM baiana, que agiu igual a organizações criminosas em sua última greve para pressionar por salário. Não é nada inteligente tratar mal as pessoas e querer que elas apoiem as instituições e seus agentes nos momentos em que esses precisarem das pessoas.
O general Enzo diz estar atento à conjuntura e antevê o que está por vir, mas que não é televisionado: “Visualizo tempos desafiadores. O Brasil cada vez mais precisa do seu Exército com capacidade de dissuasão e pronta resposta”, disse.
Não sei o que pensa o alto comando, mas eles sabem que o Brasil está em rota suicida, que estamos maquiando nossa realidade econômica e social e que já há pessoas com motivos para se indignar. Eles sabem que a bolha especulativa vai estourar em poucos anos e o novos desempregados e endividados podem então querer mudanças estruturais em vez de se submeterem a precarização trabalhista e de serviços públicos (como já está acontecendo em outras partes do globo).
Sabem também que, por outro lado, como a senadora Kátia Abreu (a principal voz contra o combate ao trabalho escravo, a favor do Novo Código Florestal e do uso de agrotóxicos) deixou claro em 1º/10/11 em seu artigo na Folha de São Paulo: o 1%, os ruralistas, encabeçados por esses donos de latifúndios verdadeiramente grandes (tão grandes quanto países da Europa), acha que “as ideias dominantes sobre o funcionamento do Estado, da economia e da sociedade de 1988 já não servem mais” e não hesitarão em querer novo rompimento institucional, mas justamente para acumular ainda mais poder e retirar direitos das pessoas.
A crise mundial não é só econômica. Há uma sim uma recessão de caráter daqueles que controlam o mundo e o país. Essa história é sobre gente gananciosa que não hesita em deixar e fazer pessoas morrerem e se matarem só pra eles ganharem mais dinheiro.
Por isso é hora de começar a sabotar. Sabotar a mentira.
Desde já.
Informe-se. Leia mais. Mantenha a serenidade. Sabote o controle mental. Mantenha a serenidade. Medite para conseguir manter-se no Exército, até mesmo obedecendo cotidianamente a teatralização toda, não deixando o medo, a tensão e o ódio penetrarem sua mente e coração. Mantenha-se livre.
Pesquise sobre objeção de consciência, principalmente se você for cristão. Denuncie anonimamente, vaze documentos que comprovarem quando instituições ou pessoas estejam traindo o povo.
No fim o soberano é cada um que escolhe apertar o gatilho ou não; obediência ou verdade; violência ou a paz; tiranos ou o povo; continuação ou mudança; lei ou justiça; medo ou amor. O que você escolhe?
Sei que, quando um jovem escolhe carreira militar, pensa que assim pode fazer um bem ao Brasil. É... Pode, desde que seja um brasileiro infiltrado nessas instituições antibrasileiras.
Deixem-nos orgulhosos! Escolham a paz, escolha não mais estar contra as pessoas. Não sabemos bem o que nos aguarda, mas no momento oportuno: meia volta, volver!


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